O Citibank Hall foi o palco da comemoração de 50 anos de carreira de Beth Carvalho!
Em 1965, gravou o seu primeiro compacto simples, com a música “Por quem morreu deamor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Em 66, já envolvida com o samba, participou do show “A Hora e a Vez do Samba”, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela. Vieram os festivais e Beth participou de quase todos: Festival Internacional da Canção (FIC), Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros. No FIC de 68, conquistou o 3º lugar com “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o país. Além de seu primeiro grande sucesso, “Andança” é o título de seu primeiro LP, lançado no ano seguinte.
A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano, emplacando vários sucessos, como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”. Beth Carvalho é reconhecida por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de “Folhas Secas”, em 1973, e três anos depois fez o mesmo com Cartola, ao lançar “As Rosas Não Falam”, em 1976.
Frequentadora assídua dos pagodes, entre eles os do Cacique de Ramos, Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e muitos outros. Mais do que isso, a cantora trouxe um novo som ao samba, porque introduziu em seus shows e discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique. A partir daí, esta sonoridade se proliferou por todo o país e Beth passou a ser chamada de “Madrinha do Pagode”. Sambista de maior prestígio e popularidade do Brasil, é aclamada também como “Diva dos Terreiros” e “Rainha do Samba”. Em junho de 2002, recebeu das mãos de Dona Zica, viúva de Cartola, o Troféu Eletrobrás de Música Popular Brasileira, no Teatro Rival do Rio de Janeiro.
Em 1º de maio de 2009, Beth Carvalho se apresentou para mais de 100 mil pessoas, na Quinta da Boa Vista, RJ, em evento que celebrou o Dia do Trabalho. Nessa ocasião, a cantora recebeu o título de Comendadora (embaixadora cultural do Brasil no mundo) das mãos do Ministro do Trabalho e do Emprego, Carlos Lupi. O ministro entregou para Beth a Ordem do Mérito do Trabalho Getúlio Vargas, em reconhecimento aos serviços que a cantora prestou na divulgação da cultura e da música brasileira.
Beth Carvalhofoi homenageada na edição 2009 do Grammy Latino, no dia 5 de novembro, em Las Vegas. Na ocasião, a cantora recebeu um dos reconhecimentos mais importantes do Grammy, o prêmio “Lifetime Achievement Awards”, pelo sucesso em toda a sua carreira (Beth foi a primeira sambista a receber esse prêmio).
No final de dezembro de 2009, a cantora precisou fazer uma pausa no trabalho, em função de uma fissura na região sacra, que a obrigou a permanecer em repouso absoluto. Nesse período em que esteve afastada dos palcos, Beth Carvalho recebeu algumas homenagens e reconhecimentos importantes. Em setembro de 2010, foi lançada pelo selo Discobertas a caixa de CDs “Primeiras Andanças – Os 10 primeiros anos”, com cinco discos, contendo 71 gravações feitas pela cantora entre 1965 e 1975, reunidas pelo jornalista e pesquisador Marcelo Fróes. Também em setembro, um de seus afilhados mais famosos, Zeca Pagodinho, lançou o CD “Vida da Minha Vida”, dedicado à “Madrinha”.
Beth Carvalhotem atualmente 50 anos de carreira e uma discografia de 33 discos e 4 DVDs. Com “Beth Carvalho Ao Vivo no Parque Madureira”, passa a ter 34 discos e 5 DVDs lançados. A cantora já recebeu seis Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, nove de Platina, dois DVDs de Platina, além de centenas de troféus e premiações.